Algoritmo e Pensamento

Pensamentos são constituídos de palavras e imagens, e são manipulados pelo cérebro como forma de representar o mundo que nos cerca. Assim como nos algoritmos, para que o pensamento se realize, é necessário dados de entrada, ou estímulos externos, no caso da mente, que por meio destes pode evocar da memoria informações e efetuar computações.

Necessitamos da linguagem, constituida de palavras, para formular raciocínios e dar vazão a expressão dos pensamentos, analogamente, os algoritmos operam sobre dados, a fim de que alguma computação seja realizada. Sem a linguagem, os dados que usamos para nossas computações internas, não seriamos capazes de representar nosso pensamento, embora algumas correntes da psicologia afirmam que antes mesmo de aprendermos um idioma estamos aptos a modelar o mundo de outras formas. É o modelo, input/output, dados (algoritmos) ou estímulos (ambiente), que gera respostas de acordo com as entradas, que no caso dos algoritmos são deterministicas, e no nosso caso, subjetivas, intrínsecas aos nossos valores pessoais e/ou crenças.

Os algoritmos são deterministicos por natureza, isto é, dada varias entradas, sabemos de antemão quais as saídas que esperamos. Já no caso do pensamento, ativado por estímulos externos, está o mesmo condicionado aos padrões que a pessoa têm, suas visões subjectivas que conferem significados únicos, e suas interpretações que distorcem ou deturpam os pensamentos. Então, nessa otica, vemos que os algoritmos se traduzem nas representações mentais que operamos para conceber a solução de um problema, em termos formais, com instruções não-ambíguas, já no caso de nosso pensamento, em contra partida; é definido pelas crenças que o formulou e não por determinismos que conhecemos antecipadamente.

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